Conheça 9 indicadores de fluxo de caixa
O departamento financeiro é crucial para uma gestão empresarial eficaz. É importante que as informações dessa área sejam claras, para que os gestores reconheçam o estado de vulnerabilidade em que a empresa se encontra. Uma prática que pode ajudar nessa tarefa é a análise periódica dos indicadores de fluxo de caixa.
Quando os negócios estão saudáveis financeiramente, decisões como investir mais, fazer novas contratações e direcionar esforços para o aumento das receitas, se tornam possíveis de maneira mais fluida. No caminho contrário, se as finanças vão mal, algumas adaptações são necessárias para conter os riscos e evitar uma crise maior.
Para esse reconhecimento, relatórios extensos não são o caminho. Uma gestão empresarial moderna e precisa, preza pela agilidade. A seguir, esclarecemos como funcionam 9 indicadores de fluxo de caixa, para você analisar a saúde financeira da sua empresa, com o máximo de praticidade. Mas, antes, vamos explicar mais sobre os benefícios desse cuidado.
Benefícios de usar indicadores de fluxo de caixa
O fluxo de caixa é o registro de tudo que acontece no setor financeiro da empresa. Um erro comum no controle desse registro, é não utilizar indicadores para acompanhá-lo de maneira periódica. Abaixo, veja por que vale a pena utilizar esse método.
Prevenção de gastos desnecessários
Desperdício de recursos e materiais ainda são um grande desafio para empresas de vários nichos de atuação, o que demanda indicadores para prevenir que esse problema volte a acontecer.
Com esses métodos, os gestores têm mais controle das despesas da empresa, já que ficam cientes dos valores exatos que são direcionados para cada procedimento e para onde são destinados os ganhos do fluxo de caixa. Dessa forma, é possível investir em áreas de maior relevância com as economias, como na contratação de funcionários ou compra de equipamentos.
Cumprimento de obrigações fiscais
Contas acumuladas indicam um baixo desempenho contábil de uma empresa. É uma situação que leva os gestores a decisões arriscadas, que impedem o equilíbrio da sua gestão e prejudicam sua reputação, principalmente no que diz respeito às obrigações fiscais e tributárias.
Com o controle do fluxo de caixa, a partir dos melhores indicadores, é possível mapear tudo que acontece no setor financeiro, definir ações preventivas e corretivas no orçamento, evitando problemas judiciais, como multas e embargos.
Melhor tomada de decisão
Ações bem planejadas, baseadas em indicadores que acompanham os processos da empresa de forma contínua, aumentam as possibilidades de se obter sucesso em novos investimentos. Com o controle do fluxo de caixa, os gestores podem fazer projeções de cenários e entender como as decisões podem impactar diferentes setores da empresa.
Dessa forma, evita-se que gastos avulsos gerem um saldo negativo. Identificando entradas e saídas no fechamento do mês, você pode realocar valores, renegociar dívidas e antecipar pagamentos antes de dar passos que dependem do orçamento da empresa.
São várias as vantagens que os indicadores de fluxo de caixa garantem na organização das contas e no equilíbrio das finanças, ajudando as empresas a se desenvolverem a longo prazo. Para saber mais detalhes, conheça os indicadores a seguir!
9 indicadores de fluxo de caixa
Separamos indicadores que podem ser úteis para empresas de todos os portes, independentemente do nicho de atuação. Confira!
1. Fluxo de caixa
É essencial ter o controle do fluxo do que entra e do que sai de sua empresa, assim você consegue se planejar e se estruturar com maior facilidade, além de ter controle de situações inesperadas, como crises econômicas por exemplo.
O Fluxo de caixa como indicador, é sem dúvida, o índice financeiro mais importante para mensurar o desempenho de uma empresa, pois ele mostra o saldo das entradas e saídas, e, por consequência, o resultado do caixa, sendo este considerado o rei para as tomadas de decisão.
2. ROI (Retorno sobre Investimento)
As empresas em geral, tem um foco e um motivo de existência muito claro: lucro. Contudo, como saber se todo o capital aplicado em determinado processo está sendo lucrativo? Como diferenciar os processos que estão dando certo e, assim, otimizar com mais segurança os investimentos? É nesse momento que o ROI entra em ação.
A partir da aplicação do ROI, é possível avaliar quais investimentos estão realmente contribuindo para a empresa e alocar incisivamente o capital em processo rentáveis. Esse indicador ajuda a traçar metas, com base em resultados anteriores e auxilia na visualização do tempo necessário para que certo investimento se torne rentável.
Por meio do ROI, torna-se mais simples formular um Planejamento Estratégico, prática essencial para o bom desempenho de uma empresa. Ao analisar os dados fornecidos pelo ROI, é possível saber quais são as origens do seu faturamento e traçar metas e métodos de alavancagem da empresa com maior facilidade.
Pode-se calcular o ROI de um investimento específico ou da empresa em determinado período, como um semestre. A fórmula é simples: ROI = ((RECEITA – CUSTO) X 100)/CUSTO.
3. Resultado operacional
O Resultado operacional mostra como está a saúde financeira de uma empresa. Ele é um dos principais responsáveis por identificar se uma empresa está sendo lucrativa ou não, pois trata do resultado das operações de sua atividade, antes da dedução das despesas de juros, provenientes das dívidas de empréstimos contraídos.
Para chegar ao Resultado Operacional, basta subtrair o valor da Receita as Deduções e impostos sobre vendas, os Custos variáveis (CPV ou CMV) e as Despesas operacionais.
Esse é o principal responsável para avaliar se o resultado da empresa está baseado nas operações, além de avaliar outros fatores, como receitas/despesas financeiras ou até mesmo vendas de bens.
4. Resultado operacional de caixa
O fluxo de caixa operacional é o resultado das entradas e saídas financeiras de um negócio, levando em consideração apenas as movimentações necessárias à operação do empreendimento.
É um indicador que deve ser analisado e acompanhado de tempos em tempos, pois demonstra o quanto de dinheiro a empresa está conseguindo gerar, a partir da sua atividade principal. O fluxo de caixa operacional é ainda mais importante quando olhamos para empresas que possuem um modelo de negócios fortemente baseado em vendas a prazo.
Mas como calcular o fluxo de caixa operacional? O cálculo do fluxo de caixa operacional é simples. Pelo método direto, basta definir valor total de recebimentos de clientes, sem considerar despesas como pagamento de fornecedores, pagamento a funcionários, recolhimento ao governo, pagamento ao governo e pagamentos a credores diversos.
Agora, para calcular pelo método indireto, devemos ter em mãos o lucro líquido apresentado pela empresa nos seus demonstrativos de resultados. A partir do lucro, devemos ajustar os efeitos pelos itens que afetam os resultados de fluxo de caixa, como depreciação e amortização, pois esses efeitos são puramente contábeis e não financeiros.
5. Resultado de lucro líquido
O lucro líquido é primordial para a saúde financeira de uma empresa, pois esse indicador passa a considerar todos os custos variáveis e fixos. Deve-se incluir as despesas com impostos, salários e energia elétrica, por exemplo, que são independentes da produção.
O lucro líquido considera os custos variáveis, mas também os outros custos e despesas do negócio, conhecidos por custos fixos. Um exemplo é o salário dos funcionários, já que, independentemente da quantidade de produção, contém um valor fixo.
Com todos os custos e despesas considerados, temos os custos totais do negócio. Para o lucro líquido, o cálculo pode ser feito pela fórmula: Lucro líquido = Receitas Totais – Custos Totais.
6. Ponto de equilíbrio
O Ponto de equilíbrio do fluxo de caixa é um indicador de segurança, que mostra quanto uma empresa precisa vender, para garantir o pagamento de suas despesas e garantir a lucratividade. Em outras palavras, é um indicador que mostra o que é preciso para obter um valor de receita superior ao valor de despesa.
Para calculá-lo, basta usar a seguinte fórmula: Custo fixo / Margem de Contribuição. Nessa fórmula, o valor da Margem de Contribuição é resultado deste cálculo: Receita - Custo Variável.
Por exemplo, imagine que uma empresa tem o custo fixo de 120.000 reais, com margem de contribuição de 30%. Dessa forma, o cálculo fica: 120.000 / 0,35. Nesse caso, o resultado do Ponto de equilíbrio é de 342.857 reais, valor que empresa precisa para pagar todas as suas despesas e manter a lucratividade.
7. Controle orçamentário
O controle orçamentário é um dos indicadores de fluxo de caixa mais importantes para o setor financeiro. Por meio desse documento, é possível prever receitas e despesas para um determinado período, além de acompanhar o cumprimento de metas, o uso correto de recursos e basear medidas para aumentar a lucratividade de uma empresa.
Para criar um controle orçamentário, é preciso passar por etapas que exigem um conhecimento apurado de gestão financeira. Por exemplo, é preciso reunir todas as projeções de receitas, projeções de custos fixos e variáveis, despesas anuais e os históricos de transições, para se obter uma visão completa da situação financeira da empresa.
Um planejamento estratégico escrito e metas bem desenvolvidas, também ajudam na definição de um controle orçamentário. Devido à quantidade de burocracias, muitas empresas recorrem a consultorias contábeis.
8. CAPEX
CAPEX significa Capital Expenditure, expressão traduzida como Despesas de Capitais ou Investimentos em Bens de Capitais. Trata-se da fatia do fluxo de caixa usada para a aquisição de equipamentos, que visam a melhoria contínua de um produto ou serviço da empresa.
Uma sala foi comprada e novas máquinas foram inseridas na linha de produção. Esses são alguns exemplos de despesas fixas que podem ser classificadas como CAPEX. Geralmente são investimento de longo prazo, que não podem ser revertidos depois da decisão de compra. Inclusive, o registro das despesas CAPEX serve de base para o cálculo do ROI.
9. OPEX
Assim como o CAPEX, o OPEX é um indicador referente aos investimentos de bens de capitais de uma empresa. OPEX significa Operational Expenditure e pode ser traduzido como Despesas Operacionais. Trata-se da fatia do fluxo de caixa dedicada aos gastos com mãos de obra e manutenção de máquinas.
Enquanto o CAPEX lida com despesas fixas relacionadas à compra de equipamentos e outros recursos para a empresa, o OPEX são despesas variáveis e que, por conta disso, merecem ser avaliadas continuamente. Por exemplo, não tem como saber quando as máquinas passarão por problemas ou quando as salas da empresa precisarão de reparos.
Importância da consultoria de um escritório contábil
Alguns indicadores exigem um conhecimento mais apurado sobre gestão financeira e tributária. Então, para todos os casos, a prática mais recomendável é recorrer a uma empresa especialista em serviços contábeis, para receber uma consultoria personalizada, voltada para os problemas e desafios da sua empresa.
Com a ajuda de profissionais experientes na área, são prevenidos problemas com impostos e folhas de pagamento. Além disso, você se livra da dor de cabeça de lidar com burocracias e questões técnicas voltadas para o levantamento de dados financeiros da empresa, já que os profissionais conhecem os melhores atalhos para obter essas informações.
Acompanhando os indicadores de fluxo de caixa, fica mais fácil identificar o estado de vulnerabilidade da empresa e quanto os investimentos estão gerando de retorno. Empresas que se baseiam nos melhores indicadores para tomar decisões, economizam tempo e podem planejar seus novos passos a partir de informações confiáveis.
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